segunda-feira, 20 de julho de 2015

Economia e desenvolvimento em queda no Brasil.

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O balanço é de Lygia Pimentel, da Agrifatto. Agora é  a vez do Minerva encerrar atividades em Mirassol D´Oeste (MT)
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Mais um frigorífico anuncia o fechamento de uma de suas plantas em Mato Grosso. Agora foi a vez do Minerva Foods, que encerrou os trabalhos em Mirassol D´Oeste e demitiu 701 funcionários. Atenção: Foi o 15º frigorífico a encerrar suas atividades no Estado que possui o maior rebanho bovino do Brasil. Tem mais: levantamento de Lygia Pimentel, da Agrifatto, constatou que 44 frigoríficos desceram as portas neste ano em todo o País. “O que está havendo é um achatamento nas margens das indústrias. Há falta de boi gordo para abate e o cenário realmente é adverso para eles”, afirma Lygia, que também é pecuarista. saiba mais Japão vai inspecionar frigoríficos brasileiros em agosto México renova habilitação de 5 frigoríficos para exportação de frango Frigoríficos testam valores menores para o boi gordo Segundo Lygia, como a escassez de bezerros faz o preço permanecer elevado, os invernistas e os confinadores encontram dificuldades para adquirir a reposição e o número de animais terminados cai. Esse cenário deve permanecer no próximo ano. “Em 2011, 2012 e 2013 muitas fêmeas foram abatidas. Como então produzir bezerros?”, indaga. Para Lygia, a queda no consumo interno por conta da crise econômica também influencia, pois o escoamento de carne fica restringido. “A renda média caiu 3% no Brasil nos últimos 12 meses, o que nos faz acreditar numa queda de 1,5% no consumo de carne bovina”, diz. A analista lembra que historicamente o consumo cai pela metade diante de determinada queda na porcentagem de rendimento médio da população. “Se a renda cai 10%, o consumo reflui 5%, por exemplo. O contrário é verdadeiro.” E as exportações? Lygia diz que a notícia da reabertura do mercado dos EUA esparramou otimismo na pecuária de corte brasileira. “Os EUA endossam a conquista de outros mercados, mas eles mesmos não importam carne em quantidade robusta.” Assim, mesmo que agora surja o sinal verde do Japão, o Brasil vai conseguir suprir as exportações futuras. Além disso, os embarques perderam fôlego no primeiro semestre deste ano. “Em volume, acredito numa queda de 7% nos 12 meses de 2015”, afirma. Nada mal, pois os exportadores ganham com o real desvalorizado, diz Lygia. Para o pecuarista a situação é mais confortável, segundo Lygia. “O boi está dando lucro, porém eu não sei se o panorama permanece.” Segundo a analista, a alta do boi magro pode levar ao desconforto se o produtor não conseguir manter o preço bom da arroba. Uma notícia dramática: Lygia ressalta que ao bater as portas os frigoríficos jogam no desemprego parcela considerável de trabalhadores em cidades como Mirassol D´Oeste, São José de Quatro Marcos, Araputanga, entre outras, as quais tiveram plantas desativadas. Em certos municípios, a mão-de-obra ocupada nas indústrias de carne corresponde a 27% da população. Em outros, a 15%, ou seja, são números expressivos . Veja o que declarou ao DBO o presidente da Comissão de Pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, a Famato, Neto Gouvêa. “Estamos acompanhando de perto a situação e, sem dúvida, apreensivos. É uma região muito importante para a pecuária do Estado”. O alento, segundo Lygia Pimentel, é que o pior está passando. “A situação começa a atingir o limite. Um dos fatores positivos é a boa disponibilidade de pasto, que deve manter ou incrementar o número de oferta de matéria-prima para os frigoríficos.”

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